segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

“ ESTOQUE DE CONHECIMENTO “

Há tempos nos deparamos com algo que é cultural nas empresas de nosso país. Uma certa arrogância corporativa que simplesmente inibe a capacidade de inovação. Isso ocorre quando a linha gerencial faz vista grossa para as opiniões de subordinados que estão em contato direto com o produto/prestação de serviços, ou seja, diretamente ligados ao cliente.

Estes subordinados têm (em muitos casos) uma noção ampla de coisas que a linha gerencial desconhece, e o fato de não ouvir esse pessoal pode resultar em altos custos para a empresa, além de desperdício de ideias que poderiam tornar a empresa mais competitiva no mercado.

Não preciso nem dizer que acho um tremendo tiro no pé desprezar este conhecimento, por isso estou postando para vocês um trecho da palestra do Dr. Mário Sérgio Cortella que é filósofo formado pela PUC-SP e autor de vários livros, entre eles “A Escola e o Conhecimento” e “Não Nascemos Prontos”. Neste vídeo ele narra um episódio ocorrido em uma grande multinacional localizada no interior de SP na solução de um aparentemente simples, porém complicado problema. (...perdão pelo trocadilho...).

Após ver este vídeo fica mais evidente que temos que dar ouvidos a todos comprometidos com os resultados da empresa, isso não significa que não devemos filtrar todas as ideias, mas que temos que ouvi-las para ao menos usá-las como subsídios para as melhores decisões. As empresas que não fazem isso, como o Dr. Mário Sérgio diz no vídeo estão fadadas a abrir espaço para os concorrentes que agem de forma diferente.

E o motivo deste post não é de maneira nenhuma criticar as consultorias/engenharias e nem os consultores/engenheiros individualmente, muito pelo contrário, estas pessoas são essenciais, pois trazem sua visão/inteligência para implementar mudanças dentro da empresa. Mas de nada adianta, contratar uma empresa/pessoa de fora para resolver os problemas internos, se você não houve as pessoas verdadeiramente envolvidas no processo.

Assistam... tirem suas conclusões e comentem.

Um grande abraço a todos.

Jean

Um comentário:

  1. Mostarda, excelente postagem.

    Se todos os líderes; supervisores; gerentes; diretores... Dessem ouvidos aos subordinados certamente não teria estes gastos astronômicos para soluções simples.

    Um exemplo prático são os gastos do governo com viagens, hotéis, diárias... Por reuniões que duram de 1 a 2 horas gastam milhões dos cofres públicos. Talvez um investimento com Teleconferência ou um simples telefonema já seria o suficiente.

    Gostei da postagem e obrigado por compartilhar.

    Alessandro

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